quarta-feira, 6 de julho de 2011

Bancada federal da PB lidera ranking de liberação de verbas para São João - veja quem foi

O Ministério do Turismo disponibilizou R$ 22 milhões para a realização de festas juninas por todo o país em 2011. Quase metade desse valor foi liberado através de emendas feitas por parlamentares paraibanos. A bancada da Paraíba conseguiu R$ 10,4 milhões para serem investidos em festejos de cidades do Estado. O campeão em liberação foi o senador Vital do Rêgo (PMDB) que enviou R$ 2,05 milhões para o São João de Campina Grande.
O portal Congresso em Foco, que é especializado em fazer a cobertura da atividade dos políticos em Brasília, trouxe nesta terça-feira (5) um ranking com os parlamentares que mais direcionaram emendas para festas juninas no Brasil. Segundo a reportagem esse volume excessivo de repasse de dinheiro público para festas poderia abrir espaço, para práticas de corrupção por parte dos prefeitos que o recebem.
Além de Vital, aparecem no ranking os senadores Wilson Santiago (PMDB), com R$ 950 mil; Cícero Lucena (PSDB), com R$ 800; e os deputados Hugo Motta (PMDB), com R$ 900 mil; Wellington Roberto (PR), com R$ 750 mil e Manoel Júnior (PMDB), com R$ 600 mil. Também figura na lista o ex-deputado federal Wilson Braga (PMDB), que agora exerce o cargo de deputado estadual, com uma emenda de R$ 900 mil.
O senador Wilson Santiago, em nota enviada ao Congresso em Foco, destacou a importância das emendas para o desenvolvimento da economia local durante o São João. Ele também negou que haja má aplicação dos recursos. “É uma manifestação secular e espontaneamente popular. O que o Estado faz é promover intercâmbio de artistas. Quem lucra é o comércio, formal e informal. Isso é absolutamente legal. Corrupção há em todo canto. Não é por causa do São João”, disse o senador .
Seguindo o mesmo raciocínio, Manoel Júnior afirma que o retorno econômico produzido pelas festas e a falta de recursos das prefeituras justificam a intervenção dos parlamentares no governo federal para garantir o repasse de dinheiro público. “De onde o prefeito vai tirar isso? Do Fundo de Participação dos Municípios e dos impostos municipais? Ele acabaria tirando dinheiro da saúde, da educação e da cultura. O prefeito tem de rebolar para atender às expectativas da população que gosta de arrastar o pé na poeira e que tem o direito, pelo menos uma vez por ano, de se divertir”, considera.
O deputado também afirmou que o parlamentar não pode ser responsabilizado por eventuais desvios de recursos públicos com a realização de eventos. “Não sou deputado que pede percentual nem indico empresa para fazer obra. A única coisa que peço aos meus prefeitos é que apliquem o dinheiro com correção. Este ano mesmo, reuni prefeitos para orientar melhor e não gerar problemas de aplicação de recursos”, ressalta.
A reportagem do Congresso em Foco também entrou em contato com o Ministério do Turismo. O órgão discordou do levantamento do site e disse que que até agora disponibilizou R$ 19 milhões. Através de nota também foi informado que todos os cuidados estão sendo tomados para coibir desvios

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